terça-feira, 13 de outubro de 2009

o doce amargo da abstinência

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Quando eu preciso de ti, apenas fecho os olhos e espero.Logo, lá estamos, sentado à beira da estrada da vida, com meus pulmões cheios de esperança, meus olhos vendados pela paixão e com o coração aberto expulsando todos os medos e duvidas.Meu sangue pulsa nas tuas veias, sinto o sabor da eternidade pelos teus lábios.
Me sinto em um bombardeio, totalmente desarmada quando meus olhos encontram os seus e você sorri, pronta para cair apaixonada a qualquer momento se não fosse o fato de estar flutuando nas asas transparentes do meu anjo.
Como toda fantasia, a "pseudo-felicidade"acaba brutalmente. E assim como um vício, acordo em choque.Abro meus olhos lutando contra a realidade que me arranca você das mãos violentamente.Apartir desse momento, quando meu corpo e minha mente ficam conscientes a dor mais desleal invade cada milímetro da minha alma.O desespero toma conta do que ainda me resta.
E é neste instante que todas as células do meu corpo entram em abstinência do teu cheiro.Um frio estranho aparece e congela meus dedos, braços e pernas me forçando a encolher para proteger meu coração de petrificar.Inutil.Devagar ele bate cada vez mais lento.

E o mais inacreditável ainda é lutar contra a vontade de fechar os novamente os olhos e abrir as portas que me levam a ti.
Nessa mistura de êxtase e agonia eu pinto as paredes do meus dias.

Meu desejo é único:que meus olhos um dia não se abram, ou que eu não precise ter que fecha-los para te sentir aqui comigo.



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Anie

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