sábado, 15 de outubro de 2011


Paul – Holly, estou apaixonado por você.


Holly – E daí?

Paul –E daí?! E daí muita coisa. Eu a amo. Você me pertence.

Holly – Não. As pessoas não se pertencem.

Paul – Claro que sim.

Holly – Ninguém vai me pôr em uma jaula.

PaulNão quero colocá-la em uma jaula. Eu quero amá-la.

Holly É a mesma coisa.

Paul – Não é não. Holly…

Holly – Não sou Holly. Não sou nem Lula Mae. Não sei quem eu sou. Sou como esse gato. Somos dois coitados sem nome. Não pertencemos a ninguém e ninguém pertence a nós. Nós nem sequer pertecemos um ao outro

(…)

Paul – Sabe qual é o seu problema, Srta. Quem-quer-que-seja? Você é medrosa. Não tem coragem. Tem medo de encarar a realidade e dizer “A vida é um fato. As pessoas se apaixonam sim e pertencem umas às outras sim, porque esta é a única chance que têm de serem realmente felizes”. Você acha que é um espírito livre, selvagem e morre de medo de ser enjaulada. Bem, querida, você já está nessa jaula. Você mesma a construiu. E ela não fica em Tulip, Texas ou em Somaliland. Ela está em qualquer lugar que você vá. Porque não importa para onde você corra, você sempre acaba trombando consigo mesma.